domingo, 27 de setembro de 2009

Somos tipo...

Somos tipo barcos, temos sempre que estar sobre a superíicie.
Não podemos nos aprofundar sobre o mar da realidade para olhar o que está por detrás das aparências. Tudo que podemos conhecer é tudo aquilo que podemos tatear, às escuras, com as frágeis e trêmulas mãos do nosso intelecto.
Estamos fardados à morrer antes de deixar nossa superficialidade de lado.
Porém felizes mesmos são os submarinos, eles ignoram o cêu e assim podem tocar muito mais que as encostas. Vão fundo e para isso precisam apenas liberar o ar; ao contrário de nós.


Já assistiu "O show de Truman"?
Somos tipo ele também.
Quando criança seu pai morreu em alto mar e por isso ele tem pavor de água e a evita a todo custo. É desencorajado de voar e assim vive preso em uma pequena ilha, seu mundo é um faz-de-conta perfeito mas nem por isso ele deixa de ser frequentemente atingido por um imenso vazio.
Ao contrário de nós ele superou a segurança do mesmo e com um barco desafiou aquilo que o impedia de viver.
É um dos poucos finais felizes que realmente gosto.

Mas acho que seria melhor se ele usasse um submarino.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Eu era um lobisomen juvenil"


Meus sentimentos estão cansados de alguma coisa que não sei explicar, posso apenas sentir o tecido da realidade se rasgando ao meu redor. Não é ruim, quando isso acontece me torno livre e começo a desenhar todo o mundo, cheio de sombras e cores raras, tão lindas que sinto meu peito se encher como não ouvesse ar no mundo que bastasse ou fosse digno de fazer parte do que sou.

Jogo a vida no modo fácil e pouco me fodo por aqueles que se comprometaram com o dificil. Nós quem escolhemos isso caso ainda não tenha percebido, não podemos esquecer nossos problemas, mas é fácil escolher o que dar atenção, e a vida é basicamente tudo aquilo damos atenção.

Jamais poderá culpar nada ou ninguem por algo ruim que tem dentro de si, o único erro está em seu julgamento.

Se crio um monstro, faço questão de destrui-lo assim que sua mascara cair. Mato o mal pela frente mesmo sabendo que não estou exatamente no lado do bem.

Minha essência não muda e está sempre pronta para começar do zero, mesmo que a tristeza seja-me imposta, é na essência que sou intocavél naquilo que desisto de compreender, é como a felicidade, mas não é, se eu que sinto não sei definir não aceito que ninguem defina.

Jamais irei falar como você fala, mas sempre poderei ver bem o que me diz. Quantas vezes encontrei o que queria apenas por partir para algum lugar?
Sei que não existe lógica nisso, e nem preciso! Acredito no que dúvido. Toda lógica perde seu efeito benéfio quando tomada em quantidades exageradas.
Perde o calor, a capacidade de criar e recriar.

Se o mundo for parecido com o que vejo, prefiro acreditar nas verdades do meu jeito.
Póis a perfeição existe apenas na intenção, nunca na pessoa.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A montanha sem mágica

Não sou meu próprio líder: não ando em circulos
Meu equilibro não está entre dias e noites
Minha vida toda não espera algo de mim
Tenho um sorriso maior que meio, meia-lua, e vai além de toda a tarde

Os anjos tem sua utilidade
A felicidade mora aqui comigo
E não existe segunda ordem
O único agora é o que vive minha vida
Não sei o que ele sonha, pensa e sente
Era por coincidência minha indiferença, fui uma cópia do que fazia
Não tenho apenas o que me resta
E não estou querendo demais

Abandono o descontrole, não me corrompe e cresce
Não pode ser, não estarei mais pronto para mais uma
Sei o que disvirtua e ensina
Estou fazendo minha própria vida

Quero dias de sol
Muito além daqueles que vem em um copo d'água

domingo, 13 de setembro de 2009


Meu coração não compreende desde o princípio todo o excesso de sua essência; está mais pertubado que comovido. Mas, à medida que a razão volta, sinto a profundidade de seu infortúnio. Todos os prazeres da vida acham-se anulados para mim; só posso sentir as pontas agudas do desespero que me despedaça. Mas para que falar na dor física? Que dor, sentida pelo corpo somente, compara-se a essa?


Li isso um livro que não era meu e não lembro de mais nada dele, nem o autor. Isso valeu pelo livro inteiro.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ahhhhhhh!!!


Ensaiei demais, eis meu grito.
Cansei de tudo que estava me cansando, talvez eu tenha me perdido entre os sonhos de infância e o presente mas não me importo, sempre soube que não se pode chegar até as nuvens com os pés no chão. Meu espirito é insaciavel, saber disso é minha maldição, a chave para sair deste mundo que é pequeno demais para mim.

Já passei dias expremendo meus sentimentos como se fosse espinhas em minha alma, recriando o mundo todas as madrugadas e finjindo não saber que deus iria tirar tudo do lugar pela manhãzinha. A vida é inclassificavel demais para seguir uma formula, é preciso improvisar todos os momentos para não sentir o gosto cinza do cotidiano.

Não cometo erros, apenas me distraio diante da chatisse do certo. Não ouso me arrepender, se existe um momento em que há sentido é quando tomo minhas escolhas, ai então sou livre para em seguida me tornar escravo das consequências.

Estou atravessando o inferno... e apenas continuarei.