Somos tipo barcos, temos sempre que estar sobre a superíicie.
Não podemos nos aprofundar sobre o mar da realidade para olhar o que está por detrás das aparências. Tudo que podemos conhecer é tudo aquilo que podemos tatear, às escuras, com as frágeis e trêmulas mãos do nosso intelecto.
Estamos fardados à morrer antes de deixar nossa superficialidade de lado.
Porém felizes mesmos são os submarinos, eles ignoram o cêu e assim podem tocar muito mais que as encostas. Vão fundo e para isso precisam apenas liberar o ar; ao contrário de nós.
Já assistiu "O show de Truman"?
Somos tipo ele também.
Quando criança seu pai morreu em alto mar e por isso ele tem pavor de água e a evita a todo custo. É desencorajado de voar e assim vive preso em uma pequena ilha, seu mundo é um faz-de-conta perfeito mas nem por isso ele deixa de ser frequentemente atingido por um imenso vazio.
Ao contrário de nós ele superou a segurança do mesmo e com um barco desafiou aquilo que o impedia de viver.
É um dos poucos finais felizes que realmente gosto.
Mas acho que seria melhor se ele usasse um submarino.